08/06/2012

A banalização do amor

Ultimamente tenho escutado algumas pessoas falando de amor e associo tal assunto com torradas mal passadas, porém comestíveis. A banalização tropeça com o ridículo todos os dias, com mais frequência com que se troca as fraldas dos bebês. A atração fatal e física tomou lugar de algo tão singular perdido no subconsciente humano, transformando o maior sentimento do mundo em uma simples aventura dessas descritas em contos desapercebidos nas colunas de jornais baratos. 
É muito mais fácil nos dias decorrentes ouvir um “eu te amo” do que cozinhar seu miojo em 3 minutos e obter sucesso. 
Não estou com raiva do mundo, revoltada com a civilização ou algo semelhante; eu só estou decepcionada, essa é a verdadeira palavra que define meus sentimentos nesse instante; decepção. 
O que eu quero dizer é que o amor não é um pedaço de pizza que se come no dia seguinte com cara de paisagem. O amor é amplitude, é imensidão, pode até acontecer por acaso mas é duradouro, é crescente; o amor não é um colega desconhecido, ele é amigo. O amor não se importa com o tempo ou distância, o amor é poderoso e vira nossa vida ao avesso e nos faz sentir as mais variadas sensações, desde frio a calor demasiado  e mesmo assim nos mantém vivos querendo senti-lo apesar dos riscos que marcam a nossa alma para sempre...
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AME como AMA o AMOR e não como mandam as modinhas desse mundo; que vem avassalando corações e vai como se nunca estivesse existido 
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(Adriana N. Amaral)